Liberdade e Responsabilidade, não deve ser confundida com mudança de ideologia.


Ser livre não significa estar longe de responsabilidades. Todos sabem que o jornalismo pelas suas motivações diversas ajuda e cria ambientes de instabilidade e conflito. Este fato é, e sempre será motivado para que reconheçamos a força do 4º Poder(Imprensa). Pois se mostra responsável pelo bem, ou pelos malefícios de suas noticias.

Recorde-se umas passagens históricas,como o "Caso FECHTELER". Em maio de 1952, o jornal Le Monde publicou um suposto relatório do Almirante William FECHTELER, na época, chefe de  das operações da marinha norte-americana, dirigida ao Conselho de Segurança Nacional.
O caso constrangeu o jornal francês, após a divulgação de que a notícia era falsa e que o relatório tinha sido feito sem cuidado. "O responsável pela publicação,veterano editor-chefe, teve que abandonar algumas de suas posições".

Responsabilidade, não deve ser entendida como um contrapeso para a liberdade. Pelo contrário, o sentimento é que a liberdade deverá ser o maior e o primeiro das responsabilidades do jornalismo. "(Bucci,2009b, p. 122).

Em uma passagem do livro ou papel Jornal do [O papel do jornal], Dines(1986, p. 121) destaca a importância da responsabilidade do jornalista como um comunicador:
"O jornalista não pode desfrutar de royalties”. O jornalista sabe que, quando da elaboração de uma nota de três linhas, pode ser destruir uma reputação e uma vida. Trabalhando nas prateleiras de informação ou fontes que desejam no sentido popular “ver a coisa pegando”, .Não Obstante, esquecendo e não avaliando a força que possui. No entanto o limite da informação, desde que não arbitrária, é mais confortável e protege as partes ,”cidadão e instituição ".

“Vale ressaltar que o caminho para institucionalizar a responsabilidade e para forçar o jornalista que deseja viver com ela,é a criação de códigos de ética. (Dines 1986, p. 121)”

Os códigos de ética estão se tornando um acabamento constante em muitas redações. A experiência democrática tem demonstrado exaustivamente que o jornalismo não precisa de mais leis, mas de consciência, ética e compromisso com o direito do cidadão para informação.

Neste ponto, o exemplo das experiências de auto regulação, pode ser útil para a imprensa, embora não no mesmo termos de aqueles adotados por publicidade ou pela indústria do entretenimento. Não há nenhuma lei que melhora a imprensa, pois quem melhora a imprensa é a sociedade (em diálogo com jornais), independentemente das tendências ou processo ideológico.

Portanto, quando falamos de códigos de ética na imprensa, estamos a falar também de auto-regulação. É um fato que ainda deverá ser debatido em exaustivas decisões judiciais que condenam jornais censura preventivamente.Como é o caso do jornal O Estado de S. Paulo, que foi por mais de três anos impedido dizer ao seu leitor sobre a Operação Boi Barrica, da Polícia Federal.

Mas há vitórias também. A Lei de Imprensa (Lei nº 5.250), instituído durante a ditadura militar em 09 de fevereiro de 1967 com o objetivo de punir jornalistas e jornais, foi revogada em 2009. permaneceu para o passado, mas não deve ser esquecido. Deve ser lembrado que as restrições não podem cercear a expressão do pensamento ou do direito à informação. Para o jornalista, o exercício da liberdade é um dever, uma vez, que para o cidadão, a imprensa livre é um direito.Os jornalistas não podem renunciar ao direito de liberdade.

Sem códigos de auto-regulação que garantam o direito de defesa daqueles que estão sendo acusados. Observaremos continuadamente a temeridade dos fatos, que sempre ficará consolidado nas seguintes interrogações; Você ouviu as partes? Como evitar a maior parte das acusações que o recorde? Como não confundir o leitor, misturar, no mesmo texto, opinião com a notícia? Não obteve o repórter fazendo personificando outra pessoa? Será que o conteúdo de certas gravações não será editado,sem antes explicar ao público os muitos cuidados que eles foram levados para tentar obter informações em circunstâncias obscuras e outras maneiras nada republicana?

A auto-regulação, a qual esta sendo testada no Reino Unido, embora a experiência em curto prazo venha passando por conflitos ideológicos, está passando por uma profunda reavaliação. No entanto as demandas quanto a legalidade, se apresentam como um desafio,porque leva tempo, e é tão somente, um processo longo, que envolve órgãos  institucionais, imprensa e o público. É evidente que Governos ou Poder Judiciário, de modo algum deve interferir na edição de um meio de comunicação, não importando qual plataforma de divulgação.
Jadiel L. Albuquerque