DO BLOG DO RIELLA
Reconhecendo o mérito de Merryl Streep para ganhar o Oscar com A Dama de Ferro, é preciso destacar quatro aspectos focalizados no filme. Antes disso, vale dizer que a produção é monótona, deixando de focalizar de forma suficiente a ação de Margaret Thatcher como primeira-ministra e dando mais ênfase à sua solidão na velhice. A Dama de Ferro teve onze anos de luta contra situações sociais que levavam a economia da Inglaterra para o buraco. Não há como não vê-la comparativamente com a presidente Dilma Rousseff, que dizem humilhar assessores e políticos na defesa das suas teses.
Tal como Dilma, Margaret desautorizava homens de cabeça branca, com incrível firmeza. Só que aqui, no Brasil, vemos persistirem aposentadorias de R$ 40 mil, licença-maternidade de seis meses, 15% salário para parlamentares, inchaço das áreas públicas e outras aberrações. Será que algum dia teremos a nossa Dama de Ferro?
O filme focaliza de forma insistente a solidão de Margaret Thatcher na velhice, dando a entender em diferentes momentos que ela sente remorso de não ter tido tempo para o marido, Denis, falecido há muitos anos. E a Dama de Ferro acaba a vida (está viva ainda) muito sozinha, cercada de assistentes desconhecidos e frios – ingleses, é claro. É isso aí. Se vamos levar duas horas num cinema, é preciso haver reflexão e informação. A Dama de Ferro nos proporciona isso.
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