Não é hora de assumir
Na entrevista que concedeu, ontem, à Folha de São Paulo, o governador assumiu uma postura firme e corajosa frente ao PT, embora com um discurso leve, sem querer ir para o confronto direto.
Disse que o PT dá mais trabalho e gera mais problemas para o Governo e a presidente Dilma do que PSB, negando, por diversas vezes, que tenha projeto para disputar o Palácio do Planalto em 2014. Não é hora de que o governador assumir que é candidato logo em 2014, mas ele é candidatíssimo.
Não vejo sentido numa candidatura dele em 2018. Planos e estratégias para voos mais altos em política sem fazem com ganchos. Qual seria o gancho de Eduardo em 2018? Não existe. Mas para 2014, sim, principalmente se conseguir derrotar o PT no Recife.
Seu embalo nacional é se apresentar ao País como o governador mais bem avaliado do País, jovem, ousado e aguerrido. Em 2018, quatro anos após o final do seu segundo mandato em Pernambuco, quem vai lembrar que Eduardo foi o melhor gestor do País na era dele? Ninguém.
Por isso, o caminho que o leva a disputar a Presidência da República é a estrada pavimentada de 2014, mesmo que numa circunstância difícil, tendo que enfrentar Dilma e a força de Lula.
NAS RUAS- Só a partir de hoje, veremos sinais da campanha de rua, três dias após o prazo legal permitido. É que os candidatos, tanto majoritários quanto proporcionais, estavam aguardando a liberação do pedido do CNPJ, que deve constar em todas as peças publicitárias, até mesmo nos santinhos, para efeito de prestação de contas à justiça eleitoral. Material móvel, como os que enchem as avenidas mais movimentadas, deve ser recolhido às 20 horas, todos os dias.
Jarbas no andor -
Tão logo seja liberado pelo médico, o senador Jarbas Vasconcelos, que se submeteu a uma cirurgia cardíaca em São Paulo, fará questão de participar de um ato de campanha do candidato do PSB a prefeito do Recife, Geraldo Júlio. De preferência em que o governador também esteja presente, para reforçar o andor.
Mais poeta do que político - O ex-senador paraibano Ronaldo Cunha Lima, que morreu sábado passado, era uma das figuras mais festejadas em jantares e eventos políticos de Brasília antes de adoecer e passar grande temporada afastado. Tudo por causa da sua talentosa veia poética, da sua espiritualidade e do enorme repertório de causos políticos que vivenciou, ouviu e armazenou na sua invejável memória.
Ditadura das pesquisas - Com a divulgação, hoje, por este blog, da primeira pesquisa de intenção de voto para prefeito do Recife pós-convenções partidárias, está aberta a temporada da ditadura das pesquisas. Ainda esta semana, provavelmente, amanhã, o JC trará, também, um levantamento do Instituto Maurício de Nassau. Digo ditadura porque os candidatos mais frágeis e competitivos acabam pagando um preço alto.
Boa sacada -
O secretário de Agricultura, Ranilson Ramos, acertou com o Governo Federal uma parceria para ajudar criadores da área da seca. Trata-se de uma parceria para compra de 100 mil caprinos e ovinos com valores 50% acima dos preços praticados no mercado. Um animal de 20 quilos, que vale hoje R$ 80, ficará por R$ 133,00 nos abatedouros cadastrados pelo Governo.
CURTAS
NÃO RECUOU – De nada adiantaram as manifestações da bancada federal de Pernambuco apelando para Maurício Rands desistir da renúncia. Ele tinha até ontem por volta das 18 horas como prazo para enviar um comunicado à mesa diretora da Câmara pedindo para suspender o ato da sua renúncia, mas não o fez.
AMEAÇADO– Quem assume a vaga de Rands é Vilalba de Jesus, mas o Negão Abençoado volta ao Congresso na vaga de Danilo Cabral, que está licenciado. Abençoado foi eleito pelo PRB e hoje está filiado ao PMN. Se algum suplente questionar na justiça, ele perde o mandato, porque a vaga não pertence ao parlamentar, mas ao partido, segundo resolução do TSE.
PERGUNTAR NÃO OFENDE – Quando o governador vai de fato enfrentar o ex-ministro José Dirceu?
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