Laboratório recebeu 1,95 bilhão de dólares pelo fármaco que produz anticorpos superiores aos mostrados por pacientes que tiveram Covid
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Transporte de paciente com coronavírus em Miami (Flórida).MARIA ALEJANDRA CARDONA / REUTERS
Os Estados Unidos firmaram um contrato com a Pfizer para garantir 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19. O laboratório norte-americano trabalha com a empresa alemã BioNTech em um fármaco que, até agora, gerou em pessoas saudáveis anticorpos superiores aos mostrados por pacientes que se recuperaram da covid-19. O secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar, revelou à Fox News que Washington pagou 1,95 bilhão de dólares (9,94 bilhões de reais) para receber um primeiro lote de 100 milhões de doses, previsivelmente em dezembro, que pode levar a uma segunda encomenda, de mais 500 milhões de doses, para 2021.
“Essas vacinas terão de ser seguras e eficazes”, disse Azar na TV, onde também assinalou que o Departamento de Saúde não perde de vista os testes que outros dois laboratórios, Moderna e AstraZeneca, estão fazendo. A Pfizer ainda terá de submeter o fármaco a um longo processo de testes clínicos e conseguir a autorização da Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos, que poderia dar uma autorização de emergência em outubro, detalhou a empresa em um comunicado.
“Tomamos cedo a decisão de iniciar o trabalho clínico e a fabricação em larga escala, por nosso próprio risco, para garantir que o produto esteja disponível imediatamente se nossos testes clínicos forem bem-sucedidos e for concedida uma autorização de uso de emergência”, explicou Albert Bourla, CEO da Pfizer.
A empresa farmacêutica trabalhou em quatro projetos de vacina e, em 1º de julho, anunciou que um deles alcançou resultados positivos em um teste com 45 adultos entre 18 e 55 anos. A empresa explicou que os pacientes toleraram o fármaco e tiveram apenas reações leves, como febre e dor local. As conclusões desse primeiro estudo indicaram que os pacientes geraram anticorpos superiores aos das pessoas que tiveram covid-19.
“Nós nos comprometemos a tornar possível o impossível, trabalhando incansavelmente para desenvolver e produzir em tempo recorde uma vacina segura e eficaz para ajudar a acabar com esta crise mundial de saúde”, afirmou Bourla em um comunicado. A Pfizer e BioNTech iniciarão nas próximas semanas testes da vacina em 30.000 pessoas.
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