Os prisioneiros chegavam no campo de concentração marchando através do chamado Carachoweg, passando ao largo dos edifícios da administração do campo e pelo comando militar. As acomodações muitas vezes estavam superlotadas. Dezenas de milhares de pessoas foram submetidas a trabalhos forçados em fábricas de armamentos e outras empresas, muitas vezes sem quaisquer ferramentas e equipamentos.
CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DE BUCHENWALD
Despojos
Os prisioneiros tinham que entregar toda a propriedade pessoal, sendo despojados dos seus últimos pertences. Roupas, malas, objetos de uso diário. Às vezes, os integrantes das SS achavam joias, que eram guardadas em grandes quantidades em depósitos como o da foto.

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Pequeno campo
O chamado "pequeno campo" foi construído em 1943 como alojamento de transferência, a partir de 12 cavalariças sem janelas. Lá, não havia instalações sanitárias ou camas. Cada cocheira tinha capacidade para 50 cavalos. Agora, tinha que abrigar até duas mil pessoas. Este lugar, separado do resto do campo de concentração por arame farpado, era considerado o lugar de piores condições de Buchenwald.

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Pedreira
Os prisioneiros eram impiedosamente explorados através de trabalhos forçados, dos quais lucravam empresas de construção e da indústria bélica, entre outras. Nesta pedreira, os presos tinham que trabalhar duro. Quem não conseguia suportar o esforço, era fuzilado no local.

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Sobreviventes
A partir de 1944, começaram a chegar jovens vindos de campos de concentração do Leste Europeu. Sua sobrevivência dependia da capacidade de suportar trabalhos forçados. Quem era fraco demais, ia para a lista da morte, sendo deportado para Auschwitz. A ajuda de presos adultos salvou muitos da morte certa. Na libertação, 900 dos 21 mil sobreviventes eram menores.

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Criança de Buchenwald
Este é Janek Szlajsztajn, uma das crianças libertadas, pouco antes de seguir rumo a um orfanato na Suíça. Cerca de 1.600 crianças e jovens morreram no campo de concentração. Alguns sobreviveram sob a proteção de adultos nos barracões 8 e 66. Eles agora estão espalhados por todo o mundo e, como afirma o diretor do Memorial de Buchenwald, Volkhard Knigge, são a memória ainda viva de Buchenwald.
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Reconhecendo o horror
Como em muitos lugares na Alemanha, os moradores de Weimar afirmam que não sabiam de absolutamente nada. O Exército dos EUA decidiu tomar drásticas medidas educativas, obrigando os milhares de cidadãos de Weimar a visitarem o campo de concentração. No pátio do crematório, eles foram confrontados com montanhas de cadáveres.

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A libertação
No início de abril de 1945, a SS começou a retirar os prisioneiros de Buchenwald. O Exército dos EUA não estava muito longe. Milhares de presos foram obrigados a seguir uma chamada "marcha da morte". Os integrantes da SS fugiram. No dia 11 de abril, soldados norte-americanos chegaram ao campo de concentração. O portão deixou de ser uma entrada para o inferno.

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Sob os olhos do mundo
Pouco depois da libertação, a imprensa internacional chegou ao local. Nesta foto, jornalistas norte-americanos visitam o porão do crematório. Estima-se que 56 mil pessoas morreram aqui ou em outros locais do campo de concentração.

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Campo especial
Após a guerra, a Alemanha foi dividida em zonas de ocupação. Buchenwald pertencia à área soviética. Em agosto de 1945, os soviéticos criaram aqui um "campo especial" para supostos nazistas e criminosos de guerra. Muitas suspeitas não se confirmaram. Mesmo assim, os dissidentes passaram a ser perseguidos. Buchenwald voltou a ter interrogatórios, torturas e deportações, desta vez para a Sibéria.

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O caminho para a liberdade
O 'campo especial' soviético em Buchenwald não era um campo de trabalho. Os prisioneiros eram condenados a não terem o que fazer, viviam completamente isolados do mundo exterior. Alimentação e higiene eram desastrosos. Milhares morreram, tendo sido enterrados em valas comuns. Quem tinha sorte, era libertado, como os da foto.
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Lembrar e preservar
Em 1950, o campo foi fechado, e sua existência, posteriormente, escondida na Alemanha Oriental. Somente após a queda do Muro de Berlim, esta parte da história foi resgatada. Pilares metálicos marcam hoje as valas comuns descobertas na floresta. O memorial foi todo remodelado, e o trabalho pedagógico ocupa um grande espaço. Buchenwald se tornou um lugar de recordação dupla.
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